Pneu Pirelli Scorpion MB1

Recentemente, publiquei um post sobre prazo de validade dos pneus da bike. Uma raridade, por melhor que esteja o estado do pneu, nunca se sabe que surpresa que ele reserva nos próximos quilometros. Ainda mais se a intenção é uma pedalada mais forte. Na dúvida, descarte os originais e coloque novos. Receita de tranquilidade garantida.

Fiz aquele post (https://cotidianoautomotivo.wordpress.com/2015/01/26/pneu-um-item-esquecido/) por que fui pego de surpresa em um pedal com uma ruptura do flanco do pneu em uma situação de risco extremo. Já tinha pensado sobre o assunto algumas vezes, por ver pneus antigos um tanto ressecados, mas até então, nenhum incidente tinha acontecido, até mesmo pelo uso não intenso dos mesmos.

Rasgo e deformação do flanco. Perigo extremo.
Rasgo e deformação do flanco. Perigo extremo.

Bom, visto esse detalhe, decidi que não era uma boa tentar recuperar esse pneu e que a aposentadoria, depois de anos na batalha, era a melhor saída. As opções no mercado são inúmeras e excelentes para todos os bolsos. Mas confesso que fazia um bom tempo que a linha Scorpion da Pirelli me chamava atenção. Um pneu bonito e que pelas fotos que eu já tinha visto, “vestia” a roda muito bem. Mas será que era um bom pneu? Procurei na internet e achei pouca coisa sobre o seu desempenho. A dúvida era mortal, mas como a curiosidade era maior, resolvi encarar um par da marca.

Pirelli Scorpion MB1 montado
Pirelli Scorpion MB1 montado
Pirelli Scorpion MB1 montado.
Pirelli Scorpion MB1 montado.

Pesquisei os três modelos oferecidos pela Pirelli, o MB1, MB2 e MB3. Destes, o que mais me interessava era o MB2, por conter uma faixa continuada no meio da banda, o que confere um bom desempenho no asfalto. Aqui, mas uma ressalva. Grande parte do tempo, uso minha bicicleta no asfalto, mas nunca fui fã de pneus lisos e muito finos, embora já tenha testado pneus excelentes da Maxxis,  Continental, Schwalbe, Michelin, Kenda, entre outros, sempre com grande ganho de desempenho, mas sempre gostei de unir um bom pneu para todos tipos de terreno sem me preocupar com trocas de acordo com o piso a pedalar. Até então, o melhor pneu entre tamanho e desempenho que já usei foi o Michelin Country Rock na medida 1.75×26, intermediária. Esse pneu, inclusive, emprestei para três amigos testarem, e que posteriormente, acabaram comprando o modelo. Hoje, infelizmente, não é mais encontrado aqui no Brasil.

Schwalbe Black Jack 2.0x26 e Continental RAce King 2.0x26
Schwalbe Black Jack 2.0×26 e Continental RAce King 2.0×26
Schwalbe Black Jack 2.0x26
Schwalbe Black Jack 2.0×26
Kenda Navegal 2.10x26
Kenda Navegal 2.10×26
Michelin Country Rock 1.75x26. Medida ideal, nem muito fino, nem grosso.
Michelin Country Rock 1.75×26. Medida ideal, nem muito fino, nem grosso.
Pneu Maxxis Excell 1.50x26
Pneu Maxxis Excell 1.50×26
CST 2.40x26
CST 2.40×26
CST 2.40x26
CST 2.40×26
CST 2.40x26
CST 2.40×26
Kenda Navegal 2.10x26
Kenda Navegal 2.10×26
Pneu Maxxis Excell 1.50x26. Pneu fino e ágil.
Pneu Maxxis Excell 1.50×26. Pneu fino e ágil.

Os pneus da linha Scorpion da Pirelli são bem completos, até mesmo com tecnologia anti furo em determinados modelos. No caso, o que eu tinha escolhido tinha essa opção. Porém, o grande problema era encontrar os pneus da marca disponíveis nas lojas aqui de Porto Alegre. Consegui achar um uma loja e me espantei com o valor deles, módicos R$ 39,00 cada. Tudo bem que era o MB2 sem a tecnologia anti furo, mas por esse preço, não se pode exigir muito também. E outro detalhe, era o único lugar da cidade que oferecia os pneus da marca, então, era pegar ou pegar de qualquer forma!

Pirelli Scorpion montado
Pirelli Scorpion montado

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A essa altura do campeonato, já estava conhecendo bem os três modelos da marca e sabendo muito bem o que eu queria e o que eu não queria. Em um outro contato, um vendedor de uma loja me disse que usava os pneus da linha Scorpion e me disse que era pneus “trancados” no asfalto, que não deixavam a bicicleta embalar, mas com excelente desempenho no fora de estrada. Isso me deixou um pouco com o pé atrás. Semanas se passaram e nisso, pesquisei por cima na internet sobre o desempenho dos pneus, e como já dito, as informações era muito escassas. Mas assim mesmo, quando achei eles a venda, não pensei duas vezes e fui ver de perto.

Chegando na loja, para minha surpresa, o modelo que tinha não era o MB2, mas sim o MB1. O vendedor se enganou nos modelos e o único modelo disponível era esse. Justamente o que eu não queria, por ter garras distribuídas na sua banda de rodagem, o que em tese, poderia mesmo trancar um pouco a bicicleta nos trajetos urbanos. Olhando o pneu ao vivo, me chamou atenção na qualidade e o acabamento do exemplar. E pela banda de rodagem, acabei me lembrado que já tive no passado, um pneu da CST, na medida 2.40 que, apesar de enorme, era muito bom de asfalto e praticamente com os mesmos cravos ao longo da banda de rodagem. Lembrando que o modelo adquirido é medida 2.0×26.

Com os pneus em mãos, era hora de montar. Nada de especial, a não ser os procedimentos de praxe e nisso, chama atenção o excelente talonamento do pneu no aro, de cara, 100% perfeito, coisa que até hoje, só consegui fazer em pouquíssimos modelos. Tenho o costume de montar os pneus com silicone ou vaselina em volta do talão para que esse, escorregue e faça o encaixe perfeito do aro com o talão. tarefa extremamente fácil e que facilita a vida caso fure na rua, pois não precisa nem de espátula para tirar ou colocar de volta. A primeira impressão é de um pneu bonito, que forma um belo conjunto com as rodas, na medida exata, não muito grande e nem muito pequeno.

Pneus montados, só consegui testar a bicicleta na praia, e assim mesmo, por menos de um quilometro. Bom, se imagina que isso e nada é a mesma coisa. Poucos metros de asfalto e o resto, basalto desalinhado pelas ruas de Imbé. Fiquei meio preocupado por que a primeira impressão era de fato, um pneu um pouco trancado. Normal até então para qualquer pneu novo.  Na outra semana, já em Porto Alegre, pude analisar mais a fundo o desempenho dele.

Os primeiros metros, de fato, levemente trancado, mas bastou rodar alguns poucos quilômetros que o pneu se mostrou muito bom para rodar no asfalto. Imaginei que pelos cravos seria um pneu ruidoso, mas também não se confirmou, bem calibrado, é um pneu silencioso e que não exige muito esforço para colocar a bicicleta em movimento.

Na mesma semana, foi feita outra edição do Pedal do Santuário, porém, dessa vez, ao invés de descer pela avenida Oscar Pereira, totalmente asfaltada, optamos em descer a estrada Furnas, toda de chão batido e com descida acentuada e sair na zona sul de porto Alegre. Excelente oportunidade para testar o desempenho do pneu no chão batido. E mais uma vez, ele não decepcionou, tem um bom grip na descida e excelente tração na subida, apesar dos cravos baixos.

Resumindo, um pneu que de dúvida, passou a certeza de uma ótima compra. A única dúvida é em relação à comercialização do pneu. As informações são um tanto quanto desencontradas, e a internet também não ajuda muito a elucidar a dúvida. Alguns lojistas falam que a Pirelli não distribui mais, outros dizem que não são mais fabricados. Nisso, quem acaba sendo prejudicado é o consumidor, que perde uma opção de modelo com excelente custo benefício no mercado.

 

2 comentários sobre “Pneu Pirelli Scorpion MB1

    1. Oi Elias, comprei na Rodociclo, aqui em Porto Alegre, porém, recentemente procurei mais um jogo e eles não compram mais esse pneu. Infelizmente, nem a fábrica sabe informar quem vende aqui na cidade esse pneu, no último contato, me informaram que a única loja que vendia a marca por aqui era justamente a Rodociclo, mas outras lojas me informaram que deixaram de comprar por problemas de divergência de valores entre fábrica e distribuidor ou por problemas com o representante local.
      Espero ter te ajudado!
      Abs!

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